Câncer de mama: médicos decidem antecipar em 10 anos rastreio nos EUA

Os exames frequentes para averiguar o risco de câncer de mama devem começar aos 40 anos, apontam médicos da United Service Preventive Services Task Force – um painel de médicos que orienta as decisões tomadas pelos planos de saúde nos Estados Unidos.

Anteriormente, o grupo norte-americano estava de acordo com mamografias bianuais a partir dos 50 anos, com exames sendo realizados anteriormente apenas diante da presença de nódulos mamários persistentes. A recomendação alterada é a que norteia o Instituto Nacional do Câncer (INCA) no Brasil.

A nova recomendação dos médicos norte-americanos é que o rastreio periódico comece 10 anos antes e siga até os 74 anos. No Brasil, a data final de rastreio periódico sugerida é de 69 anos.

As novas recomendações foram publicadas na JAMA na terça-feira (30/4) e vão ao encontro de indicações feitas por outras sociedades médicas do mundo, que já apontaram crescimento de casos de câncer de mama entre mulheres de 40 anos.

“Há um benefício líquido moderado na ampliação do rastreamento o que pode diminuir a mortalidade do câncer de mama”, apontam os médicos no texto. Segundo eles, o rastreio bianual de mulheres entre 40 e 74 anos levou a uma redução média de 28,4% das mortes, segundo apontam os estudos mais recentes.

Os médicos do United Service Preventive Services Task Force apontam que o número de mulheres na faixa dos 40 com casos da doença aumenta, em média, 2% a cada ano nos Estados Unidos. A recomendação também inova ao incluir expressamente homens trans, que foram designados do sexo feminino ao nascer, na necessidade de prevenção bianual.

 

Rastreio do câncer de mama pode ser ainda mais frequente

A médica Wendie Berg, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, escreveu no editorial quem acompanha a nova recomendação que o ideal é a realização de exames anuais, em vez de dois em dois anos.

“A recomendação nova não vai tão distante quanto era necessário. O rastreio anual teve resultados melhores, de 35,2% de redução das mortes, então é surpreendente a escolha, já que até os falsos positivos por mamografia são menores com exames anuais”, concluiu a pesquisadora.

 

 

Fonte: Metrópoles 

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