Destroços de foguete chinês podem cair neste fim de semana na Terra

Desde abril, um foguete chinês está retornando à Terra sem saber onde ou quando chegará. A possibilidade mais provável é de que isso aconteça já neste sábado (8). Porém, embora seus destroços possam chegar a uma área habitada, o risco é extremamente limitado, dizem os especialistas.

Em 29 de abril, a China lançou o primeiro módulo de sua futura estação espacial, Tianhe (“Harmonia Celestial”), com o foguete Long March 5B. O primeiro módulo deste poderoso ônibus espacial é o que agora está retornando à Terra.

Sua trajetória está fora de controle porque seus designers imaginaram que ele iria se desintegrar na atmosfera naturalmente. O problema é que devido à sua enorme massa, entre 10 e 18 toneladas, o foguete dificilmente será totalmente destruído.

As partes mais leves certamente vão evaporar, mas dado o tamanho do objeto, algumas peças permanecerão inteiras, de acordo com Florent Delefie, astrônomo do Observatório Paris-PSL.

Dada a altitude em que o objeto está, entre 150 km e 250 km, é difícil prever onde ele cairá, uma vez que as camadas inferiores da atmosfera são mais vulneráveis às variações de densidade.

Na verdade, não podemos saber quando ele cairá, disse Brobrinsky. Nesta sexta-feira, estava programado para chegar à Terra entre as 18h50 de sábado e 4h de domingo (horário de Brasília) Embora as previsões sejam mais precisas com o passar das horas, mesmo uma hora antes do impacto, a incerteza será grande, acrescenta o especialista.

A única certeza é que o objeto está em uma órbita inclinada de 41 graus em relação ao equador da Terra, portanto, só pode cair na faixa entre as latitudes 41 dos hemisférios Norte e Sul, que inclui, por exemplo, grande parte da América Latina, sul da Europa e África.

A probabilidade de impacto numa área habitada é insignificante. “Menos de um milhão sem dúvida”, assegura o responsável da ESA. Mesmo se os destroços caíssem sobre as casas, a velocidade do impacto seria relativamente baixa (cerca de 200 km/h).

Nada a ver com o impacto de um meteorito (36 mil km/h). No entanto, para uma pessoa, o impacto pode ser fatal, de acordo com Delefie.

Fonte: G1