Escala tensão no estreito de Taiwan com a China

Nos últimos quatro anos, observou-se um aumento significativo nas atividades militares da China ao redor de Taiwan, uma ilha de governo democrático que Pequim considera como parte de seu território. Esta posição é fortemente rejeitada pelo governo de Taipei.

Os Recentes Movimentos Militares no Estreito

Em um comunicado recente, o ministério da defesa de Taiwan relatou que detectou uma nova incursão de aeronaves militares chinesas sobre o sensível Estreito de Taiwan. Somente nas últimas 24 horas, 14 aeronaves militares chinesas cruzaram a linha mediana do Estreito, aproximando-se a apenas 41 milhas náuticas (76 km) da cidade portuária norte de Keelung, local importante de uma base naval. Esta linha mediana servia anteriormente como uma fronteira não oficial entre os dois territórios, a qual agora é frequentemente cruzada pelas aeronaves militares chinesas, que declaram não reconhecer a existência da linha.

Qual é a resposta de Taiwan?

O alto oficial de segurança da ilha declarou que Taiwan está em alerta para possíveis exercícios militares chineses após a posse do Presidente-eleito Lai Ching-te. Além disso, foram utilizadas novas táticas incomuns por parte da China, incluindo patrulhas de combate noturnas e o uso de navios de desembarque e varredores de minas nas patrulhas.

Exercícios Militares e Ações da Guarda Costeira Chinesa

No contexto atual, a Guarda Costeira chinesa intensificou suas patrulhas ao redor das ilhas controladas por Taiwan, como as ilhas Kinmen, próximas à costa chinesa. Estas ações iniciaram em fevereiro após um conflito envolvendo a morte de dois cidadãos chineses que tentavam fugir da guarda costeira de Taiwan. A mídia estatal chinesa descreveu a recente “inspeção de cumprimento da lei normal” por sua guarda costeira perto de Kinmen como um meio de proteger pescadores, embora Taiwan denuncie as patrulhas como uma tática de intimidação.

Impacto das Tensões para a Futura Governança de Taiwan

O presidente-eleito Lai Ching-te, que toma posse em 20 de maio, é visto com desdém pela China, que o considera um separatista perigoso. Apesar das ofertas repetidas de diálogo, incluindo uma feita na semana passada, o governo chinês rejeitou todas. Lai, assim como a atual presidente Tsai Ing-wen, rejeita as reivindicações de soberania de Pequim; ambos afirmam que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro.

Conclusão

As crescentes tensões no Estreito de Taiwan não são apenas um reflexo de estratégias militares e políticas, mas também uma questão de identidade nacional e autodeterminação para o povo de Taiwan. À medida que a situação continua a evoluir, a comunidade internacional mantém seus olhos voltados para a região, esperando uma resolução pacífica que respeite os desejos e a soberania do povo taiwanês.

 

 

Fonte: O Antagonista 

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