Imagem do Santo Sudário indica que Jesus morreu devido a ombro deslocado

O Santo Sudário é um artefato polêmico, alvo de discussões sobre sua autenticidade: há quem diga que a peça de linho cobriu Jesus Cristo após a crucificação e, por outro lado, quem afirme que o objeto não passa de uma fraude histórica. Desta vez, um novo estudo diz ter identificado indícios no pano de que o líder religioso teria morrido ao sagrar por um ombro gravemente deslocado.
A pesquisa publicada no jornal Catholic Medical Quarterly sugere que a lesão ocorreu supostamente enquanto Cristo carregava sua pesada cruz. O autor da pesquisa é Patrick Pullicino — um neurologista que se tornou padre — e analisou dados de estudos anteriores realizados por especialistas forenses e médicos que tiveram acesso às imagens do Santo Sudário.

Com 4,4 metros de comprimento, a mortalha de linho apresenta uma imagem enfraquecida de um homem barbudo cujos olhos estão fechados. O indivíduo parece ter sofrido ferimentos por todo o corpo e o pano contém manchas que podem ter vindo de sangue. Pullicino acredita que o sujeito sofreu uma luxação do ombro que foi fatal.

Imagem no Sudário Sudário sugere ombro deslocado, segundo pesquisa (Foto: Bevilacqua, M et al/Catholic Medical Quarterly)
Imagem no Sudário Sudário sugere ombro deslocado, segundo pesquisa (Foto: Bevilacqua, M et al/Catholic Medical Quarterly)

O médico londrino, que atuou como consultor do East Kent Universities Hospitals NHS Trust, notou que o homem estava com o ombro tão deslocado que sua mão direita se esticava a 10 cm abaixo da esquerda. Isso teria feito com que sua artéria subclávia, que fornece sangue ao tórax, cabeça, pescoço, ombro e braços, se rompesse causando um sangramento interno.

O resultado foi o colapso do sistema circulatório, ocasionando a morte. Se a teoria estiver correta, cerca de três litros de sangue encheram a cavidade entre a caixa torácica e o pulmão. Isso explicaria, segundo Pullicino, porque Cristo jorrou “sangue e água” depois de ser perfurado por um soldado romano com uma lança logo após a crucificação.

Conforme explica o The Telegraph, o especialista argumentou que a “água” seria, na verdade, o líquido cefalorraquidiano, que tem uma aparência translúcida, e que vazou em direção ao pulmão de Jesus.

“Este artigo postula que ao longo de três horas, a artéria subclávia ficou escoriada, ferida e sua parede atenuou até que finalmente a artéria se rompeu e o sangramento profuso se seguiu”, resume Pullicino, no estudo.

Contudo, vale reiteirar que o Santo Sudário, preservado desde 1578 na capela real da catedral de San Giovanni Battista em Turim, Itália, é ainda alvo de muitas dúvidas. Embora estudos realizados na década de 2010 argumentem que o lençol data da época de Jesus, uma análise de 2014 sugeriu que as manchas no pano eram de várias pessoas crucificadas com as mãos cruzadas acima da cabeça. Já um estudo publicado em 2018 no Journal of Forensic Sciences, defende que os padrões de sangue que estão no tecido não correspondem a ferimentos reais no corpo humano.

FONTE GALILEU

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