Exército da República Democrática do Congo diz ter impedido tentativa de golpe

O líder de uma tentativa de golpe no domingo (19) na República Democrática do Congo (RDC) foi morto e cerca de 50 pessoas, incluindo três cidadãos americanos, foram presas, disse à Reuters um porta-voz do Exército do país centro-africano.

O tiroteio começou por volta das 4h da manhã na capital Kinshasa, disse um repórter da Reuters. Homens armados atacaram a Presidência no centro da cidade, segundo o porta-voz Sylvain Ekenge.

Outro ataque ocorreu na casa próxima à de Vital Kamerhe, um membro do parlamento que é cotado para se tornar presidente, disseram o porta-voz de Kamerhe, Michel Moto Muhima, e o embaixador japonês em postagens no X (antigo Twitter).

Moto Muhima disse que dois guardas e um agressor foram mortos no incidente. Ekenge também disse que um agressor foi morto lá.

Um projétil disparado de Kinshasa atingiu a cidade de Brazzaville, na vizinha República do Congo, ferindo várias pessoas, informou o governo daquele país num comunicado, acrescentando que uma pessoa foi hospitalizada.

Ekenge nomeou Christian Malanga, um político congolês radicado nos EUA, como o líder da tentativa de golpe.

“Malanga foi definitivamente neutralizado durante o ataque ao Palais de la Nation, um certo Aboubacar foi neutralizado durante o ataque à residência de Vital Kamarhe [e] os outros – cerca de 50, incluindo três cidadãos americanos – foram presos e estão atualmente sendo interrogados pelos serviços especializados das Forças Armadas”, disse Ekenge à Reuters.

Ele disse que Malanga tentou e abortou um golpe pela primeira vez em 2017 e que um dos cidadãos americanos presos era filho de Malanga.

Uma página do Facebook que parece pertencer a Malanga publicou um vídeo transmitido ao vivo o que parecia ser o ataque.

“Nós, os militantes, estamos cansados. Não podemos continuar com Tshisekedi e Kamerhe, eles fizeram muitas coisas estúpidas neste país”, disse Malanga na língua lingala no vídeo, que não foi verificado de forma independente pela Reuters.

A embaixadora dos EUA, Lucy Tamlyn, disse numa publicação nas redes sociais que estava “muito preocupada” com relatos de que cidadãos americanos teriam estado envolvidos nos eventos.

“Tenham a certeza de que cooperaremos ao máximo com as autoridades da RDC enquanto investigam estes atos criminosos e responsabilizam qualquer cidadão dos EUA envolvido em atos criminosos”, disse ela.

A embaixada dos EUA já havia emitido um alerta de segurança sobre “atividades contínuas de elementos de segurança da RDC” e relatos de tiros na área.

A missão de estabilização das Nações Unidas na RDC disse que o seu chefe, Bintou Keita, condenou os incidentes nos termos mais veementes e ofereceu o seu apoio às autoridades congolesas numa publicação no X.

Tshisekedi foi reeleito para um segundo mandato como presidente em dezembro, mas ainda não nomeou um governo, seis semanas depois de nomear um primeiro-ministro.

Kamerhe era candidato a presidente do Parlamento numa eleição que estava marcada para sábado, mas foi adiada por Tshisekedi.

 

 

Fonte: CNN Brasil

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