Ibovespa opera estável à espera de definição da pauta política e agenda dos EUA; dólar sobe

Agenda política segue no radar dos investidores, assim como as sinalizações econômicas do exterior

O Ibovespa opera de lado nesta quarta-feira (5), enquanto o dólar segue em ampliou a alta ante o real, em dia de agenda política movimentada em Brasília, volta de feriado nos Estados Unidos e dados importantes vindos do exterior.

Por volta das 11h05, o principal índice da bolsa tinha leve queda de 0,03%, aos 119.045 pontos. Já a divisa era negociada a R$ 4,86, com avanço de 0,41%. O movimento marca o retorno dos volumes de negociação nos Estados Unidos, após um dia fraco devido à pausa nos mercados americanos por conta do feriado do Dia da Independência, na terça-feira (4).

Os principais índices de Wall Street abriram em queda neste pregão, à espera da ata do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. O Dow Jones Industrial Average caía 0,4%; o S&P 500 recuava 0,18%; enquanto o Nasdaq Composite perdia 0,04%.

Por aqui, a agenda política segue no radar dos investidores. O Senado Federal deve votar hoje a suspensão de dois decretos do presidente Lula que alteraram o Marco do Saneamento.

Os críticos à proposta afirmam que o governo buscou um atalho para alterar a legislação sem a participação do Congresso, e alegam que a aprovação do projeto de decreto legislativo (PDL) poderia prejudicar municípios, que ficariam impossibilitados de acessar recursos federais. O governo, em contrapartida, defende que as alterações são necessárias para atingir metas de saneamento.

A justificativa é a insatisfação no relacionamento com o Palácio do Planalto, em especial com a Secretaria de Relações Institucionais (SRI).

A reforma tributária também segue na pauta do mercado. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o calendário inicial de votação da proposta está mantido. Ou seja, ele pretende iniciar a apreciação do texto no plenário até sexta-feira (7).

Na reta final antes da votação, articuladores do texto tentam alinhar pontos da proposta que trazem divergências, e parte das “trincheiras” se concentram nos governadores estaduais.

No exterior, os mercados globais aguardam a ata do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, enquanto digerem os dados econômicos fracos da China.

As ações chinesas fecharam em baixa nesta quarta-feira, depois que uma pesquisa do setor privado mostrou que a atividade de serviços do país expandiu no ritmo mais lento em cinco meses em junho, enquanto a escalada das tensões sino-americanas também prejudicou o sentimento dos investidores.

O Índice de Gerentes de Compras(PMI) de serviços do Caixin/S&P Global caiu para 53,9 em junho, de 57,1 em maio, com o enfraquecimento da demanda pesando sobre a recuperação pós-pandemia.

Enquanto isso, os investidores aguardam a ata da reunião do Federal Reserve de junho, que será divulgada às 15h de hoje. Os analistas aguardam um debate ativo entre as autoridades, que ainda parecem inclinadas a defender mais ações para controlar a inflação.

Autoridades importantes, como o presidente do Fed, Jerome Powell, apontaram para as previsões divulgadas naquela reunião, indicando que um aperto de 0,5 ponto percentual a mais neste ano ainda está em jogo.

Mas alguns acham que já foi feito o suficiente. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse na quinta-feira passada que acredita que não são necessários mais aumentos de juros, observando que “os dados, resultados de pesquisas e inteligência em campo constituem razões razoável de que a desinflação gradual continuará”.

Fonte: CNN

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