Ibovespa sobe com PIB dos EUA e Petrobras; dólar recua a R$ 4,92

No cenário internacional, o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter a taxa de juros inalterada em 4%, sem sinalizar qualquer afrouxamento na política monetária, reafirmando seu compromisso com o combate à inflação.

No mercado doméstico, o Ibovespa apresenta uma queda, enquanto o dólar mostra recuo em relação ao real nesta quinta-feira (25). Os investidores estão analisando dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que superaram as expectativas, e a forte alta do preço do petróleo, que sustenta os ganhos na bolsa brasileira.

Por volta das 15h30, o principal índice do mercado brasileiro registrava um aumento de 0,5%, ultrapassando os 128 mil pontos, em consonância com os ganhos em Wall Street e nos mercados europeus. Esse movimento é impulsionado pela valorização de quase 4% das ações da Petrobras (PETR4), alinhada ao aumento nos preços do petróleo.

Por outro lado, a Vale (VALE3) apresentava uma queda de aproximadamente 1,5%, influenciada pelo comportamento misto dos futuros do minério de ferro e pela especulação em torno dos planos do governo de indicar o ex-ministro Guido Mantega para a mineradora.

No mesmo horário, o dólar mostrava uma desvalorização de 0,24%, sendo negociado a R$ 4,922 na venda. Esse movimento de queda contraria o fortalecimento do dólar em relação à cesta de principais moedas do mercado.

PIB dos EUA cresce 3,3% em 2023

O Departamento do Comércio dos EUA divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre do ano passado apresentou um aumento a uma taxa anualizada de 3,3%, significativamente superior à mediana das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que previam um crescimento de 2,0%.

Apesar desse indicador robusto, que poderia indicar uma possível elevação nos rendimentos dos Treasuries, as taxas dos títulos norte-americanos de dez anos permaneceram em queda. Esse cenário contribuiu para a tendência negativa do dólar em relação a algumas moedas, incluindo o real.

Embora o crescimento do PIB tenha superado as expectativas, o deflator implícito sugeriu um panorama favorável para a inflação nos Estados Unidos.

Em um relatório separado divulgado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 25 mil, alcançando um ajuste sazonal de 214 mil na semana encerrada em 20 de janeiro. Os economistas haviam previsto 200 mil pedidos para a última semana.

Diante desse contexto, os traders aumentaram as apostas na curva de juros norte-americana, indicando a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) reduzir as taxas de juros até maio. No entanto, essa redução não é necessariamente esperada para março, como estava amplamente precificado no início do ano.

BCE segura juros

Conforme previsto pelos analistas, o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter as taxas de juros da zona do euro inalteradas em 4% ao ano, não indicando sinais de um afrouxamento na política monetária.

O BCE encerrou seu ciclo de aumento de taxas em setembro, porém, tem mantido uma postura firme ao afirmar que discutir uma reversão seria prematuro. Isso se deve ao fato de que as pressões inflacionárias ainda não foram totalmente dissipadas e muitas negociações salariais continuam pendentes.

Apesar disso, os investidores estão especulando que o BCE pode estar equivocado em suas projeções tanto em relação ao crescimento quanto à inflação. Há uma aposta de que o banco central será compelido a realizar uma reviravolta, implementando cinco cortes nas taxas em rápida sucessão a partir do início da primavera europeia.

Fonte: CNN

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