O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou nesta segunda-feira (17) um ataque mortal na Ponte da Crimeia e expressou esperança de que a comunidade internacional dê uma avaliação “adequada” do incidente. “O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou um ataque terrorista na Ponte da Crimeia, que é um objeto estritamente civil… Esperamos que a comunidade global e as instituições multilaterais relevantes tenham princípios e façam uma avaliação adequada dos crimes pelas autoridades ucranianas”, afirmou ler.
O MRE também disse que as tentativas de bloquear a Crimeia da Rússia continental e interromper as conexões de transporte eram “impossíveis”. “Se for detectada a origem ocidental dos drones de superfície que atacaram a ponte, bem como o papel dos países ocidentais no planejamento, patrocínio e execução desta operação, isso provará sua cumplicidade nas atividades terroristas do regime de Kiev”, disse o comunicado. acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.
A decisão de atacar a Ponte da Crimeia foi tomada por autoridades ucranianas e militares com a participação dos serviços especiais dos EUA e do Reino Unido, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
“O ataque de hoje à Ponte da Crimeia foi cometido pelo regime de Kiev. Este regime é terrorista e tem todos os sinais de um grupo criminoso organizado internacional”, disse Zakharova ao Telegram, acrescentando que a decisão foi executada pelas autoridades ucranianas e pelo militares com a participação de serviços especiais dos EUA e do Reino Unido.
Esta não é a primeira vez que a ponte histórica que liga a Crimeia ao continente da Rússia foi atacada. Em 8 de outubro de 2022, a Ponte da Crimeia foi danificada como resultado de uma explosão de caminhão que Moscou acredita ter sido realizada pelos serviços especiais ucranianos. Em maio, a ponte foi totalmente reparada e o tráfego ferroviário foi restaurado.
No início do dia, o Comitê Nacional Antiterrorista da Rússia disse que Kiev realizou um ataque terrorista na ponte da Crimeia usando dois drones subaquáticos, a parte rodoviária da ponte foi danificada, dois adultos morreram e uma criança ficou ferida.
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, comentou sobre os ataques dizendo que estruturas como a ponte da Crimeia têm “vida curta”. “Quaisquer estruturas ilegais usadas para entregar instrumentos russos de assassinato em massa são necessariamente de curta duração… independentemente das razões para a destruição”, escreveu Podolyak no Twitter.
Posteriormente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu relatórios sobre a situação com os ataques terroristas na ponte da Crimeia. “Putin recebeu relatórios do vice-primeiro-ministro Khusnullin, do chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB) Bortnikov, do ministro dos Transportes Saveliev e do chefe da Crimeia Aksenov sobre as consequências do ataque terrorista na ponte da Crimeia”, disse Peskov em entrevista coletiva.
O presidente instruiu a iniciar os trabalhos de reparo e restauração na ponte da Crimeia, bem como na organização do tráfego na direção da Crimeia, acrescentou o porta-voz.
Peskov disse ainda que a Rússia não tem ilusões sobre o possível envolvimento do Ocidente no ataque terrorista na ponte da Crimeia. “Sabemos muito bem o quão profunda é a coordenação do regime de Kiev com Washington e várias capitais europeias, assim como a Aliança do Atlântico Norte. Sabemos perfeitamente quanta informação vem da Aliança do Atlântico Norte, de Washington a Kiev em uma base permanente, então não temos ilusões aqui”, disse Peskov.
A Rússia está ciente da natureza insidiosa do regime de Kiev, acrescentou o porta-voz. “Hoje, o regime de Kiev matou uma jovem família – os pais de uma menina – a menina foi ferida. E precisamos falar sobre isso para que todos possam ouvir. Tudo isso é obra do regime de Kiev. E todos nós trabalharemos e permaneceremos vigilante”, disse Peskov a repórteres quando questionado sobre o risco de um aumento no número de ataques a regiões pacíficas da Rússia devido às perdas das forças armadas ucranianas. (Com informações da Sputnik).
Fonte: Brasil247
