A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encerrou na semana passada uma operação clandestina que atuava na mineração de criptomoedas na cidade de Canela. Os responsáveis pela estrutura estavam usando ilegalmente a rede elétrica da Rio Grande Energia (RGE) para manter centenas de máquinas em operação.
Representantes da Segurança Corporativa da empresa afirmam que, em suas estimativas, o negócio operado no bairro São Lucas causou prejuízo de R$ 1,5 milhão nos últimos meses. Todos os equipamentos usados foram confiscados pela Polícia Civil, que estima em R$ 500 mil o valor das máquinas em operação.
No local também foram encontradas três armas de fogo, que foram apreendidas. Segundo o jornal Zero Hora, a operação de criptomoedas resultou na prisão em flagrante de um casal, que vai responder por porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, crime contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e furto de energia elétrica.
Operação da mineradora clandestina só era viável roubando eletricidade
O tamanho da estrutura de mineração montada não surpreende quando se leva em consideração o estado atual do mercado de criptomoedas. Cada vez mais competitivo, ele tende a premiar com grandes recompensas operações que se mostram mais rápidas em fazer os cálculos necessários para a criação de novas moedas.
Enquanto muitas das maiores “fazendas de mineração” estão migrando suas atividades para o campo da inteligência artificial, há quem ainda aposte nesse segmento. Apesar de estar passando por um período de queda nos últimos meses, o preço do Bitcoin ainda está acima dos US$ 60 mil por unidade.
Os custos crescentes com eletricidade se mostram um dos motivos pelos quais muitas operações estão fechando as portas, o que facilita entender a situação no Rio Grande do Sul. Em novembro do ano passado, um caso semelhante foi descoberto na Polônia, que tinha uma grande estrutura de mineração de criptomoedas escondida em uma de suas cortes de justiça.
Fonte: Adrenaline
