
O dispositivo pode ser um ativo importante para uso militar ou mesmo para pessoas que trabalham em turnos diferentes.
O aparelho usa luz para ativar a produção natural de peptídeos ligados ao ciclo de dormir e despertar. Na visão dos cientistas, o dispositivo seria implantado no braço de uma pessoa e poderia ser controlado por um hub externo para definir os momentos de adormecer e acordar.
“O sistema de controle nos permite entregar um peptídeo de interesse sob demanda, diretamente na corrente sanguínea”, disse, em nota, Jonathan Rivnay da Universidade de Northwestern, principal pesquisador do projeto. “Não há necessidade de transportar drogas, não há necessidade de injetar nada e – dependendo de quanto tempo pudermos fazer o dispositivo durar – não há necessidade de recarregar o dispositivo. É como uma farmácia implantável em um chip que nunca se esgota.” Se bem-sucedido, o método abre caminho para a administração de outros tipos de medicamentos ou terapias.
Além dos pesquisadores de Northwestern, que estarão dedicados a pesquisar sobre o ciclo circadiano, cientistas da Universidade de Rice, também dos EUA, irão pesquisar sobre a engenharia genética envolvida na criação do dispositivo. Nessa tarefa, pesquisadores de Northwestern e da Universidade Carnegie Mellon também estarão envolvidos. A fabricante de equipamentos científicos Blackrock Microsystems participa desse processo que culminará na criação de componentes bioeletrônicos.
O projeto ainda está em fase inicial e seu desenvolvimento será composto por três etapas: criação do dispositivo; testes de eficácia; e testes em humanos.
Fonte Exame