Carta de Einstein com famosa equação vai a leilão por R$ 2,1 milhões

E = mc². Toda vez que vemos essa equação já é quase automático lembrar do cientista Albert Einstein. A relação é tão icônica que uma carta escrita pelo físico alemão contendo o princípio irá a leilão por um valor inicial estimado em US$ 400 mil, o que vale aproximadamente R$ 2,1 milhões.
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O que nem todo mundo sabe, entretanto, é que a equação faz parte da Teoria da Relatividade Restrita, considerada um divisor de águas entre a física clássica e moderna. A fórmula foi elaborada por Einstein em 1905.

A carta, todavia, data de 1946 e é o quarto documento deixado pelo cientista contendo a equação da relatividade, segundo o Projeto Einstein Papers, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Além do documento com a fórmula E = mc², serão leiloadas outras correspondências do cientista, incluindo uma com suas equações de campo gravitacional e comentários sobre a ascensão de Hitler e o nazismo em 1934.

O que diz a carta?

A carta principal é endereçada ao físico polonês-americano Ludwik Silberstein, que tinha uma postura cética contra algumas descobertas de Einstein, embora fosse simpatizante de outra hipótese do alemão – a atualmente reconhecida Teoria da Relatividade Geral.

“É uma carta importante do ponto de vista holográfico e físico, pois mostra o pensamento de Einstein sobre um dos mais básicos de todos os problemas físicos”, comenta, em comunicado, Bobby Livingston, vice-presidente executivo da casa de leilões RR Auction, que irá leiloar a correspondência.

Carta de Albert Einstein endereçada ao físico polonês-americano Ludwik Silberstein (Foto: RR Auction )
Carta de Albert Einstein endereçada ao físico polonês-americano Ludwik Silberstein (Foto: RR Auction )

A primeira linha da carta começa com o cientista alemão citando a equação da relatividade a Silberstein. “Sua pergunta pode ser respondida a partir da fórmula E = mc², sem qualquer erudição”, escreve o ilustre gênio.

“Se E é a energia do seu sistema consistindo nas duas massas, E0 é a energia das massas quando se aproximam da distância infinita, então o defeito de massa do sistema é E0 – E / c²”, conclui Einstein.

O que o cientista estava fazendo era calcular a diferença de massa entre um sistema de duas massas iguais e com uma distância infinita um do outro. Einstein também considera as mesmas duas massas longe uma da outra a uma distância “r”, orbitando em torno de seu centro de massa comum.

O exercício não é fácil, embora o estudioso aponte a fórmula como algo simples. No último parágrafo da carta, ele menciona também “constantes atômicas”, chamadas atualmente de constantes “fundamentais” – tal como velocidade da luz, a constante gravitacional, carga elétrica elementar, etc.

Os valores dessas constantes não são determinados pela teoria física, pois podem ser qualquer valor arbitrário. O porquê disso é um enorme mistério, que Einstein acreditava poder explicar por meio de uma “teoria que contém a unificação correta da gravitação e da eletricidade”.

Essa busca por uma “teoria do campo unificado” consumiu o terço final da vida do cientista, que morreu em 18 de abril de 1955. Próximo de seu falecimento, ele teve várias complicações de saúde após ser internado em um hospital em Princeton, nos Estados Unidos.

Fonte Galileu

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