
No protesto, os funcionários se concentraram em frente ao hospital, com cartazes para cobrar salários.
Rocicleide Fernandes, de 40 anos, disse que a empresa de limpeza completa sete meses atuando no hospital, mas os funcionários estão há três meses sem receber.
“A gente assina o contracheque que eles pedem para assinar, pois se a gente não assinar, não recebemos. Mas, estamos assinando e continuamos não recebendo, só tem promessa”, disse.
Rocicleide disse que, para sobreviver, está contando com a ajuda do filho e da nora, já que o marido dela está desempregado.
“Eu não vivo de aluguel, mas meus colegas sim, têm muitos que já foram despejados, ou sem energia. A gente só recebe o vale-transporte para vir trabalhar. A gente faz nosso trabalho tudo certo, só queremos receber”, contou.
Além dos terceirizados da limpeza, funcionários da empresa de manutenção do hospital também denunciaram a falta de pagamento. Um dos trabalhadores, que não quis de identificar por medo de represália, disse que recebe somente vale-transporte e alimentação.
“Estamos, exatamente, com quase cinco meses de salário em atraso. A última vez que recebemos foi em janeiro deste ano, mas referente ao salário de outubro do ano passado”, disse.
Os terceirizados disseram que a paralisação deve continuar até que as empresas se posicionem sobre o pagamento dos funcionários.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que o pagamento devido já está sendo providenciado e que o atraso ocorreu por falta da entrega de documentação por parte das empresas.
Informou, ainda, que vem regularizado os pagamentos das empresas que prestam serviço para o Estado, sanando as pendências que em anos anteriores chegavam a seis meses de atraso, por meio da melhoria dos processos de pagamento. A meta, segundo o governo, é pagar no mês subsequente à prestação do serviço.
Fonte G1