Por mais estúpido que pareça, essa frase ecoava no meio da multidão aglomerada em uma das festas de final de ano espalhadas pelo Brasil. Se pensarmos que essas pessoas estiveram nesses locais de livre espontânea vontade, em um momento tão crítico para o Brasil, com número de casos e de mortes explodindo pelo país, podemos até chama-los de assassinos, que deveriam estar presos por tentativa de homicídio de todos aqueles que serão atingidos com os resultados dessas “brincadeiras”.
A reportagem de ontem 03/01/2021, exibida no Fantástico, na rede Globo, deu uma mostra do quanto as pessoas conseguem ser burras e egoístas, pensando apenas em momentos de lazer em detrimento de cuidados contra a COVID-19, que só funcionarão se forem de fato tomados por todos.
Parece que essas pessoas estão vivendo em uma realidade alternativa, em uma total negação da situação extrema que vivemos com a pandemia, não devem ler e nem assistir a todas as notícias veiculadas pelo mundo, com a dor e o sofrimento de milhões, morrendo e sendo enterrados em covas coletivas, com hospitais lotados, como mostrou a própria reportagem, em uma triste realidade de Manaus mas, que sabemos bem, se repetir nos outros estados brasileiros.
Essas pessoas, se é que podemos chama-las assim, talvez não tenham perdido um amigo querido ou um parente amado para a COVID-19, mesmo assim não têm o direito de desrespeitar as recomendações para evitar a maior propagação da doença pois, essa decisão é coletiva, não é, e não pode ser por individuo, é uma questão de saúde pública, não podemos assistir calados esses seres irracionais se arrogarem um direito que não têm, quando se trata de uma situação como essa de pandemia.
Também não podemos assistir quietos as imagens de hospitais como as mostradas na matéria da Globo, o poder público tem falhado com a população, não pode apenas jogar para cima das pessoas a responsabilidade do controle da pandemia, como se bastasse cumprir as normas. O governo, em nosso caso do Amazonas, precisa ser responsabilizado e cobrado por agilidade e eficiência nas ações para atender as pessoas infectadas com dignidade, além de cuidar melhor dos profissionais que trabalham nessas unidades de saúde.
Precisamos lembrar que, enquanto muitos países já estão vacinando a população, aqui no Brasil sequer temos uma vacina autorizada, ainda não temos as agulhas e seringas suficientes para vacinação de todos. O governo federal precisa dar respostas mais rápidas, demonstrar com transparência o que de fato está fazendo pelo povo nessa pandemia.
Os governos estaduais, em nosso caso no Amazonas, precisa também ser mais rápido e muito mais eficiente em suas ações, tais como, por que espalhar em todos os hospitais pacientes com a COVID – 19, aumentando o trânsito do vírus e aumentando o risco de mais contaminação.
A nós cidadãos, cabe sim a cobrança por respeitar as normas, cuidarmos de nós e do outro, ficar em casa, usar máscara, não aglomerar e cuidar da Higiene. Assim, temos todos um pouco de responsabilidade nessa situação caótica de pandemia.
Para as pessoas que a matéria da Globo mostrou com grito de “É só me entubar P….”, é necessário que poder público seja mais duro, faça valer o direito do coletivo, que elas sejam penalizadas, que os organizadores sejam punidos, com todos os rigores possíveis da lei.
O resultado dessas “brincadeiras” irresponsáveis de fim de ano, chegará aos hospitais segundo especialistas, entre mais uma a duas semanas. Pena não termos como por em cada um desses brincantes, uma pulseira, caso precisem de atendimento hospitalar, com a mesma frase imbecil de gritavam na festa “É só me entubar Po…”, acrescentando na sua fala, um não há vagas, já que elas por escolha, preferiram o risco de adoecer sem se preocuparem com quem está fazendo seu papel de cidadão e de ser humano de verde.
POR PIOR QUE POSSA PARECER EM VÁRIOS ASPECTOS, AGORA, AS MELHORES FRASES PARA VIDA SÃO “FICA EM CASA” “USA MÁSCARA””NÃO AGLOMERA”
