Endividamento da população bate recorde no governo Bolsonaro

Pandemia da Covid-19 sem controle, desemprego em alta e redução do auxílio emergencial escancaram ainda mais a desigualdade no país. O endividamento dos mais pobres bate recorde no governo Bolsonaro. Pesquisa divulgada nesta semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que o percentual de endividados chega a mais de 67,5% da população no mês de abril.

Esse é o nível mais alto da pesquisa, também registrado em agosto do ano passado. O resultado de abril significa a quinta alta mensal seguida, com 0,2 ponto percentual de crescimento em relação a março.

A sondagem mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Ibre/FGV, também aponta para 22,3% da população com renda de até R$ 2.100 se dizendo endividada em abril. Desde o início da série histórica, em maio de 2009, esse patamar de endividamento da classe mais baixa só foi observado em junho de 2016.

Dívidas acumuladas

E foi exatamente o que aconteceu com o Jailson Silva. Ele ressalta que ao recorrer a um empréstimo e estourar o limite do cartão de crédito, não tem como honrar a dívida, uma vez que o seu salário não está sendo pago com frequência.

“Tentei resolver a minha questão financeira e caí na besteira de pegar empréstimo. Estourei o limite do  cartão e agora tenho outra dívida que não estou conseguindo pagar por conta dos salários atrasados. E não tenho perspectiva de melhorar ou arrumar outro emprego”, afirma.

De fevereiro para março, a Serasa Experian computou mais de um milhão de inadimplentes no país, totalizando 62 milhões de pessoas endividadas. Foi o segundo maior avanço mensal de toda a série histórica. No recorte por setor, a inadimplência apurada pela Serasa é maior nos gastos com cartão de crédito e em contas básicas, como água e luz.

Fonte: Brasil 247

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