Estudo mostra quais são as empresas prontas para o futuro

O que diferencia empresas maduras operacionalmente e prontas para o futuro daquelas que ainda promovem mudanças lentas e incrementais? Para responder a essa pergunta, a consultoria Accenture entrevistou mais de 1.100 executivos de empresas de 13 setores em 11 diferentes países — dentre eles o Brasil.
O levantamento identificou quatro níveis de maturidade operacional e que mostram algumas características comuns entre empresas estáveiseficientespreditivas e, finalmente, prontas para o futuro. Em linhas gerais, enquanto as primeiras se baseiam apenas em força de trabalho humana, processos não padronizados e fragmentados, dados isolados e tecnologias básicas, o último nível mostra companhias preparadas, com força de trabalho ágil, processos digitalizados e uso de tecnologias como inteligência artificial, blockchain e computação em nuvem.

Empresas mais inteligentes (e rentáveis)

Entre as descobertas do estudo está também a de que o simples fato de uma empresa avançar um nível de maturidade em 2019 fez com que ela se tornasse 7,6% mais eficiente (considerando a queda nas despesas operacionais) e 2,3% mais rentável.

Mas essa é, segundo a pesquisa, uma realidade de apenas 7% das empresas que se mostram prontas para o futuro. “Um erro comum das companhias que ainda não atingiram alto grau de maturidade está no fato de olharem para o processo de forma segmentada, em silos operacionais”, diz Alexandre Colcher, líder de Accenture Operations na América Latina.

SynOps: operações com mais sinergia

Desde 2019, a Accenture ajuda os clientes a tornar as operações mais inteligentes por meio do SynOps, uma plataforma que tira o melhor da união entre homem e máquina. O sistema utiliza dados e insights de mais de 1.000 projetos com clientes da Accenture e anos de experiência acumulada em áreas de negócios para identificar oportunidades de alto impacto e, assim, reinventar processos.

Por meio do SynOps, a Accenture já ajudou uma empresa global de petróleo e gás a reduzir o tempo necessário para criar relatórios de inteligência de seis semanas para apenas cinco dias, assim como uma rede global de hotéis a diminuir o tempo necessário para processamento de faturas de 15 para um só dia.

“Orquestrar as atividades realizadas por um ser humano e as que são feitas de forma automática, ajudando o cliente a construir jornadas em diferentes situações e criar com ele um mapa de parceiros, é a melhor forma de obter resultados tangíveis”, destaca o executivo. Segundo ele, no Brasil existem mais de 40 empresas utilizando a plataforma, entre elas teles, bancos, indústrias e companhias nativas digitais.

Prontas para o futuroConfira, a seguir, o que podemos aprender com as empresas operacionalmente maduras:

1. Tenha um objetivo principal
Ao contrário das empresas que fazem melhorias operacionais de forma incremental, as que estão preparadas para o futuro partem de um objetivo principal e, a partir dele, dão passos ousados para chegar lá. Entre as medidas estão a automação em escala, o empoderamento das pessoas por meio da tecnologia, deixando-as mais disponíveis para funções criativas e intelectuais, e o comprometimento com a tomada de decisão — sempre com base em dados e análises.

ALERTA! No Brasil, de acordo com a pesquisa da Accenture, apenas 2% das organizações dizem que a colaboração entre tecnologia e negócios é usada em escala. A média global é de 11%.

2. Conheça os principais passos
A automação é uma forma importante de reduzir custos e digitalizar processos. Embora o Brasil tenha feito avanços importantes — a porcentagem de empresas que adotam a automação generalizada ou em grande escala aumentou mais de 4,5 vezes nos últimos três anos —, o estudo mostra que ainda há muito trabalho a ser feito.

3. Dê um salto em maturidade
Ao todo, 56% das empresas brasileiras viram suas parcerias de ecossistema melhorar nos últimos três anos, e 48% delas aumentaram o foco nesse tipo de estratégia depois da chegada da pandemia. Ainda assim, a mudança no Brasil tem sido mais lenta do que em outros países. A adoção de equipes multidisciplinares com tecnologias on demand e a consolidação de um ecossistema de parcerias podem trazer habilidades complementares capazes de ajudar a romper essa que é uma das maiores barreiras do Brasil para a transformação do modelo operacional no país.

Fontes: Accenture Research e Oxford Economics na pesquisa de Intelligent Operations 2020

 

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