Merecida homenagem aos profissionais de enfermagem mortos pela Covid-19

Segundo os profissionais de enfermagem presentes no ato, ao menos 140 profissionais da categoria já foram vítimas da doença no Amazonas.

Por isso, realizaram, na manhã desta sexta-feira (9), uma homenagem aos colegas de categoria que perderam a vida para a Covid-19. O ato foi realizado na praça de São Sebastião, no Centro de Manaus.

Segundo as profissionais de enfermagem presentes no ato, ao menos 140 profissionais da categoria já foram vítimas da doença, durante a primeira e a segunda onda da Covid-19 no Amazonas, o que motivou a homenagem aos que partiram.

O ato foi marcado pelo ato simbólico de soltar balões na Praça do Largo, como lembrança aos colegas de categoria. Em meio a rumores de uma terceira onda, elas pediram apoio das autoridades responsáveis.

“Eu acredito que as autoridades devem providenciar essa questão. A saúde no nosso Estado foi um caos, não tínhamos EPI para utilizarmos. Até hoje, quando há fiscalização, os profissionais entram em pânico, pois ainda não tem EPI adequado. Espero que façam algo pela nossa categoria”, disse a enfermeira Rosinete Gerônimo.

A profissional também detalhou os efeitos que a Covid-19 teve na categoria, levando muitos da área.

“Na primeira onda, ninguém acreditava que o Covid ia ser tão forte, mas foi muito feio, muito assustador. Nós da categoria de enfermagem, na primeira onda, perdemos cerca de 60 profissionais. Na segunda onda, mais de 80 profissionais”, revelou ela.

Acerca das mortes, a enfermeira Rosineide Moreira acredita que ele poderia ter sido melhor gerido para que as mortes não ocorressem com tanta frequência, como foi visto no Estado.

“Esse cenário poderia ter sido evitado. Faltou equipamento, suporte, um estoque de equipamento adequado, para que eles pudessem se proteger. Mas, para isso, a unidade precisa ter em estoque disponibilizar”, argumentou a profissional.

Ela também explicou que, nesse momento que vive a Saúde no Estado, a valorização dos profissionais é necessária.

“Precisamos de um piso salarial mais digno, condição melhores de trabalho, sobrecarga dos profissionais, diante de todo esse momento, reiteramos essas nossas solicitações”, comentou.

Por fim, ela fez uma reflexão acerca do cenário que viveu e vive o Amazonas.

“Na primeira onda, foi constatada muita falta de EPI. Existem falhas em algumas unidades. A pandemia não acabou, você precisa se precaver e se proteger, para que não tenhamos esse índice de óbitos aumentado”, concluiu Moreira.

Fonte: D24am

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