De tuas raízes brotam águas claras
Como luz no olhar de uma criança.
De tuas raízes firmes o solo é fértil
A luz do sol se alarga
As flores colorem o chão.
Nesse olhar que olha gera perdão
E ao mesmo tempo uma grande tristeza.
De ver castrar a ti
Ó natureza
Secando água doce
Matando frutos e seus sabores
Matando o verde os animais e os pássaros.
Depois na cinza e na vergonha se despir.
A natureza berra
A natureza grita
A natureza chora
A natureza implora…
E depois se ira!
Eita povo cego e surdo
Que não ver
Nem ouve…
O clamor da vida.
Lauro Apolônio
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