Tempestades solares podem atingir a Terra neste fim de semana; entenda

Nesta quinta-feira (28), uma erupção vinda do Sol lançou partículas carregadas em direção à Terra, causando um blecaute temporário em sistemas de rádio da América do Sul, informou o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. Mas as consequências do fenômeno não param por aí: ele poderá causar tempestades solares entre hoje (29) e domingo (31), segundo o site SpaceWeather.

A explosão de partículas que está por vir poderá reforçar o surgimento de auroras e interferir em sistemas de comunicação por satélite, de acordo com o site Space.com. Essa tempestade é uma das mais fortes do atual ciclo de 11 anos de atividade solar, e foi classificada na classe X1, o tipo mais poderoso de erupção do Sol.

“A classe X denota as chamas mais intensas, enquanto o número fornece informações sobre sua força”, explica a Nasa, em comunicado. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso etc. Erupções classificadas como X10 ou mais fortes são consideradas incomumente intensas”.

A sonda Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), da ESA e Nasa, registrou a ejeção de massa coronal (CME) durante a erupção solar (Foto: SpaceWeather)
A sonda Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), da ESA e Nasa, registrou a ejeção de massa coronal (CME) durante a erupção solar (Foto: SpaceWeather)

Dados da sonda Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), lançada para estudar o Sol em dezembro de 1995, mostraram ainda que a recente erupção foi acompanhada por uma ejeção de massa coronal (CME) que saiu da estrela a uma velocidade de mais de 2,8 milhões de quilômetros por hora.

Nessa ejeção, uma grande quantidade de plasma e parte do campo magnético foram expulsos da coroa do Sol – a atmosfera que cerca a estrela e é visível durante os eclipses solares. No caso, o acontecimento partiu da mancha solar chamada AR288, de onde foi gerada a erupção de classe X1.

Uma tsunami de plasma então atingiu o disco solar por inteiro, alcançando uma altura de 100 mil quilômetros e se movendo pela atmosfera do Sol a 700 quilômetros por hora. Assim como nas praias da Terra, o fenômeno ocorreu em “ondas” – as ondas de Moreton, isto é, levas de plasma que anunciam uma CME.

 Tempestade solar do tipo X1, flagrada na quinta-feira (28), pelo Solar Dynamics Observatory, da Nasa (Foto: NASA/SDO and the AIA, EVE/ HMI)

Tempestade solar do tipo X1, flagrada na quinta-feira (28), pelo Solar Dynamics Observatory, da Nasa (Foto: NASA/SDO and the AIA, EVE/ HMI)

A questão é que os efeitos da mancha solar AR288 ainda continuam. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos, estima haver 60% de chance de que erupções solares mais moderadas, de classe M, ocorram entre esta sexta-feira (29) e sábado (30). Já a possibilidade de uma erupção do tipo X é de 25% nesse período.

É possível também que a CME atinja o campo magnético da Terra, gerando uma tempestade solar de categoria G3, que poderá pintar o céu com auroras visíveis a olho nu nos estados norte-americanos de Illinois e Oregan, assim como em regiões de latitudes um pouco mais baixas que essas localidades. Também é possível que até o domingo de Halloween (31) ainda persistam algumas erupções mais fracas, do tipo G1 e G2.

Fonte Galileu

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