Também indicada ao Grammy, Day disse que ainda está “se aliviando” do peso do papel, acrescentando que só viu o filme uma vez.
A intérprete de 36 anos foi indicada a um Oscar de melhor atriz por seu papel de estreia em “Os Estados Unidos vs. Billie Holiday”, que analisa a participação da cantora de jazz na defesa dos direitos civis dos negros e o furor que se desencadeou quando ela cantou a balada “Strange Fruit”.
Inicialmente, Holiday cantou a canção de protesto sobre o linchamento de pessoas negras em 1939 no Cafe Society, o primeiro clube noturno racialmente integrado da cidade de Nova York.
“Acredito que Deus usou este papel e Billie Holiday e seu espírito só para me tornar um pouco mais corajosa”, disse Day à Reuters em entrevista.
“Ainda vou me sentir um pouco inadequada às vezes e me sentir meio amedrontada, mas só de aparecer de alguma maneira… tentei fazer disto um hábito antes do filme, mas isso me incentivou a fazê-lo ainda mais, de certa maneira”.
Também indicada ao Grammy, Day disse que ainda está “se aliviando” do peso do papel, acrescentando que só viu o filme uma vez. “Foi muito emotivo para mim, foi difícil”, explicou. “Passei por uma montanha-russa de tristeza, sofrimento e ressentimento, mas também alegria”.
Day recebeu um Globo de Ouro por sua atuação e disputará o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas com Frances McDormand, Viola Davis, Vanessa Kirby e Carey Mulligan no próximo domingo.