Amanha (17), em todo o Brasil, quase 5,8 milhões de pessoas estarão circulando nas ruas para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), menos no estado do Amazonas, onde os números de novos casos e de mortes por Covid-19, estão assustadores. Isso ainda com uma decisão da justiça pois, se dependesse do Ministério da Educação, mesmo lá as provas ocorreriam normalmente.
Essa negação a gravidade da situação da pandemia em todo o Brasil, tem custado muitas vidas, não existe como afirmar com honestidade, que nossos jovens não estarão em risco ao saírem de suas casas para a prova, milhares de brasileiros sendo jogados na cova da Covid-19, com o agravante de ainda levarem para seus lares o vírus.
As justificativas do INEP, responsável pela prova, deixa muito a desejar pois, primeiro; se as mesmas já haviam sido enviadas para os locais e se esses locais deixariam de ser confiáveis com a mudança de datas, como acreditar que podemos confiar na lisura do processo agora, segundo; tudo que o INEP supostamente providenciou em relação a provas diferenciadas, necessidades especiais, quaisquer que fossem, em nada se alterariam com a mudança de datas, terceiro; como afirmar que estados e municípios, que estão a meses sem aulas justamente por conta da pandemia, preocupados em cuidar de seus doentes, conseguiram investir e organizar suas salas de aulas e todo o resto da estrutura para atender 5,8 milhões de pessoas com segurança.
Fica claro, um excesso de vaidades, que pode custar as vidas de milhares de brasileiros duas semanas depois da aplicação das provas, após milhares de jovens em sua maioria, enfrentarem transporte coletivo lotado, aglomeração nas proximidades dos locais de prova e muito provável dentro dos locais de prova.
Mas no Brasil, temos a querida justiça, que nesse caso, também usou de muita vaidade e por que não dizer irresponsabilidade e crueldade, ao determinar que o exame não poderia mudar de data, isso a pedido do próprio governo federal.
Provavelmente, não levaram em consideração o momento delicado sim, que vive o país com a pandemia, onde os infectologistas, desaconselham qualquer tipo de aglomeração, estados e municípios estão fechando as atividades, imagine com 5,8 milhões de pessoas transitando em transportes coletivos, muitos podendo inclusive já estarem contaminados e transmitindo a Covid-19, faz da decisão da justiça um abuso irresponsável de poder.
Se isso não representa risco, inclusive para as famílias onde essas pessoas voltarão após as provas, realmente precisamos repensar se a ideia é de fato realizar o exame, ou se nossos “Juízes” são na verdade carrascos mandando nossa população para as covas coletivas da Covid-19.
