Especialistas sugerem lockdown e ação integrada nacional, para evitar tragédia irreparável de mortes para a população

Covid com alta recorde e lotação de UTIs: especialistas listam motivos para parar o país por ao menos 2 semanas. Exemplos vindos do Reino Unido e Israel mostram, segundo especialistas, que medidas de restrição adotadas por menos de 15 dias e campanha de vacinação sem isolamento social são incapazes de conter o avanço da pandemia.

Praias e comércio fechados, toque de recolher e barreiras sanitárias em todo o país por, pelo menos, duas semanas. É o que defendem especialistas ouvidos pelo G1 como medidas nacionais e coordenadas que o governo federal deveria adotar em março para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, que já registrou recordes em apenas dois meses de 2021.

RECORDES: Brasil chega a 40 dias com média de mortes acima de mil,COM 28 DIAS: Fevereiro é o 2º pior mês de toda a pandemia no Brasil. SEM LEITO: 220 pacientes esperam por vaga de UTI em Santa Catarina. VOLTA ÀS AULAS: O que dizem os estudos mais recentes sobre Covid e crianças.
Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, os argumentos listados abaixo mostram a necessidade de um lockdown nacional (bloqueio geral), com medidas duras de restrição de circulação, durante o mês de março no Brasil:

Sem vacinação em massa, sem rastreamento dos casos e sem o aumento da testagem, o distanciamento é a única maneira de conter o vírus;
Diante do agravamento geral da pandemia, o país não conseguirá diminuir as transmissões se cada estado adotar uma medida diferente;
Exemplos de outros países mostram que medidas curtas e pontuais, menores que 15 dias, não geram resultados consistentes;
Quanto menor a circulação da população, menor a chance de o vírus encontrar pessoas suscetíveis à infecção;
Reino Unido e Israel conseguiram controlar as transmissões com uma combinação de lockdown e vacinação em massa.

Necessidade de ação nacional
Membro da diretoria do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Vanja dos Santos explica que, diante do iminente colapso do sistema de saúde em quase todos os estados, as ações precisam ser nacionais para serem eficazes.

“No momento de caos generalizado em que estamos, ou paramos e fechamos tudo, ou vamos dobrar essas mais de 250 mil mortes pela Covid-19 que tivemos em um ano em um tempo muito menor” , disse Vanja dos Santos, membro da diretoria do CNS.
Santos explica que o CNS e demais órgão nacionais que integram a “Frente Pela Vida” pedem ao governo federal ações unificadas desde o ano passado. Com o agravamento da pandemia em fevereiro, o segundo mês com maior número de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, a paralisação das atividades em todo o país é tema no CNS.

“Na nossa última reunião, na terça-feira (23), discutimos medidas urgentes para o Brasil neste momento, como fechar todo o comércio, praias e serviço não essencial por duas semanas, assim como estipular um toque de recolher, implementar barreiras sanitárias pelo país e fazer testagem em massa”, conta Santos.

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Onde está o governo federal que ainda faz de conta que nada está acontecendo, ameaçando os estados e municípios que decretarem fechamento. Temos que cobrar uma ação nacional e integrada para salvar a vida da população.

Fonte G1

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