Ibovespa opera em queda seguindo cautela das bolsas de NY

Índices americanos operam em terreno negativo à medida que ressurgem os temores com a inflação no país

Quadro geral do dia às 11h20:

  • Ibovespa opera em queda de 0,51%, aos 115.949 pontos
  • Dólar cai 0,89% contra o real e é negociado a 5,53 reais
  • EUA: Dow Jones sobe 0,2%, S&P 500 cai 0,58% e índice de tecnologia Nasdaq recua 1,59%
  • Rendimento dos títulos americanos de 10 anos avança 0,108% e chega a 1,749%

O Ibovespa opera em queda, seguindo os índices futuros americanos, que repercutem repercutindo a alta no rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA. A taxa do título é usada como termômetro no mercado para medir as expectativas de inflação.

O rendimento dos treasuries subiu para 1,75% na manhã de quinta-feira – maior nível desde janeiro de 2020 – apesar da garantia do Fed de que a política monetária não será alterada em breve. Na véspera, o Federal Reserve (Fed) manteveos juros dos EUA perto de zero e garantiu o programa de recompra de títulos pelo menos até 2023.

O presidente do Fed, Jerome Powell, também reforçou que a inflação acima da meta de 2% nos EUA é temporária, mas o discurso parece não ter sido suficiente para aliviar os temores do mercado. A preocupação é que uma pressão inflacionária force a autoridade monetária a revisar sua política antes do prazo.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, surpreendeu o mercado e subiu a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 2,75% ao ano.

Para a bolsa e o Ibovespa, um aumento mais forte dos juros provocaria, em tese, uma queda em ativos mais arriscados, uma vez que esses ativos perderiam parte da atratividade frente à renda fixa.

Ainda assim, a expectativa é de que o aumento acima do esperado na Selic não tenha impactos negativos no apetite dos investidores por ativos de risco. Alguns analistas defendem que o índice acionário pode mostrar valorização diante de uma postura considerada “acertada” do BC.

Repercutindo a alta da Selic, o dólar abriu o dia em forte desvalorização contra o real após a alta da Selic. Isso porque, com essa decisão, a atratividade da taxa de juros brasileira melhora, especialmente depois de o Fed ter reforçado nesta quarta que deve manter os juros perto de zero até 2023.

O movimento, porém, perdeu força com a alta dos treasuries americanos, que fortaleceu o dólar frente às demais moedas.

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