Para a PF, Pazuello mudou sua versão ao ser alertado sobre a falta de oxigênio em Manaus

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello mudou sua declaração original de que tinha conhecimento do risco de que a crise sanitária em Manaus. Pazuello disse à Polícia Federal durante investigação sigilosa do Supremo Tribunal Federal de Brasília (STF) no dia 4 de fevereiro.

O ministro disse em seu depoimento que não soube da falta de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, mas soube dois dias depois. A informação é conflitante com o documento oficial encaminhado pela Advocacia-Geral da República (AGU) ao STF, assinado pelo Procurador-Geral da República José Levi (José Levi). Ele disse que o Ministério da Saúde tomou conhecimento da falta de oxigênio em Manaus com a fabricante do produto White Martins no dia 8.

Em seu depoimento, Pazuello afirmou que somente no domingo, 10 de janeiro, às 21h, se reuniu com o governador do Amazonas. Na opportunidade, o governador relatou um problema de fornecimento de oxigênio. No dia 11, ele convocou uma reunião de todos os secretários municipais de saúde e o secretário de saúde do Estado do Amazonas para entender o alcance da falta de oxigênio em Manaus e outras dificuldades na assistência à saúde.

A Polícia Federal também questionou o ministro sobre o recebimento do documento White Martins, que informava que o suprimento de oxigênio no Amazonas poderia ser insuficiente. Pazuello explicou que o documento nunca foi formalmente entregue ao Ministério da Saúde e a empresa nunca teve contato informal com representantes do Ministério da Saúde. No entanto, em entrevista coletiva no dia 18 de janeiro, o ministro afirmou que a empresa o havia alertado no dia 8 de janeiro.

“Essa missão voltou no dia 6 com esses dados. 6 de janeiro. No dia 8 de janeiro, nós tivemos a compreensão a partir de uma carta da White Martins de que poderia haver falta de oxigênio, se não houvesse ações pra que a gente mitigasse esse problema”, afirmou Pazuello na ocasião.

 

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