Pazuello diz que mortes em Manaus por falta de oxigênio duraram apenas 3 dias

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que ficou sabendo da crise de oxigênio no estado do Amazonas apenas na noite do dia 10 de janeiro. “Se tivéssemos sabido antes, poderíamos ter agido antes”, afirmou Pazuello.

O ex-ministro afirma que teve conversa com o governador Wilson Lima (PSC) na noite do dia 7 de janeiro, mas que não foi alertado. Pazuello então afirmou que a partir do dia 12 já começou fornecimento extra de cilindros de oxigênio. O ex-ministro falou então que a crise durou apenas nos dias 13, 14 e 15.

Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga (MDB) rebateu o ex-ministro afirmando que mortes por falta de oxigênio foram registradas até o fim do mês. “O senhor estava lá e viu com seus olhos, os amazonenses morrendo por falta de oxigênio”, afirmou. “Antes a gente ficava dependendo da ajuda do Gusttavo Lima, do Paulo Gustavo”, completou.

Mentiroso

Na sequência do depoimento, o presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão por alguns minutos após uma discussão com o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS).

Os senadores indagavam Pazuello sobre o fornecimento de oxigênio para o Amazonas, em janeiro, quando Heinze interrompeu para falar que o governo federal enviou R$ 2 bilhões para o estado. “Você é mentiroso, rapaz”, respondeu Omar Aziz, que é natural do Amazonas. “Larga de ser mentiroso”.

Heinze vem provocando polêmica na CPI, especialmente pela defesa da hidroxicloroquina. Em outros momentos, o presidente da CPI já repreendeu o parlamentar.

Missão cumprida

Com mais de 270 mil mortes por Covid ocorridas durante sua gestão, o ex-ministro considera “missão cumprida” na pasta.

Responsável pela gestão da saúde no Brasil durante a maior parte da pandemia da Covid-19, o general deixou o cargo suspeito de crimes, investigado pela Polícia Federal e com o país batendo recorde de mortes pela doença.

General da ativa do Exército, Pazuello chegou em abril de 2020, na demissão de Luiz Henrique Mandetta da pasta, que discordava publicamente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a necessidade de medidas de distanciamento social para conter o avanço da pandemia.

Fonte: amazonas atual

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