Precisamos mudar a dança da morte da Covid-19

Hoje, mais um dia, graças a Deus, ainda estamos aqui. Já para milhares de brasileiros e brasileiras, isso não é mais uma sentença verdadeira, partiram de forma inesperada, sem despedidas, sem conseguirmos dizer adeus.
A cada dia que passa, parece que caímos mais um pouco em um abismo sem chances de retorno, pessoas morrendo nos hospitais entulhados de pacientes, que em muitos casos não chegam a receber o atendimento devido.
Governos que parecem perdidos, sem reação, impotentes diante do massacre da COVID-19, muitas propagandas de aumento de leitos, compra de equipamentos de proteção, contratação de pessoal e até abertura de hospital de campanha, não diminuem as mortes diárias.
Parece que tudo isso é mentira, ou o vírus é mais rápido e eficiente do que governos, que a cada dia parece dançar conforme a música. O problema é que diferente do Livro de Stephen King (2013), a COVID-19 é real e está escolhendo a música nessa dança e ela é fúnebre.
Mas jogar a culpa de uma dança inteira apenas no governo também não está correto, nem a vacina, que tanto tem demorado para ser adquirida, será capaz de frear o ritmo dessa dança se as pessoas não compreenderem que não temos mais espaços para festas clandestinas, barzinhos lotados, lojas e supermercados lotados, pessoas sem máscara nas ruas.
Até aqueles mais irresponsáveis, precisam entender que esse vírus pode chegar em suas casas e nas casas dos quem amam, e aí, vão sentir como essa dança é fria e trás o caos. Só será possível chorar.
A despeito de tudo que possamos apontar como erros e falta de cuidado das autoridades em tempo hábil, e eles existem, temos que atender as orientações para ficar em casa, manter afastamento social, higienizar as mão sempre que possível e sair somente se necessário.
Esse vírus da mote, essa dança sepulcral, só vai se afastar de nós quando os governos fizerem suas tarefas em relação as vacinas e a estrutura dos hospitais, quando os governos entenderem que agora não existem lados políticos, que não é hora de querer ser o maior, de ganhar todas, o momento é de salvar os brasileiros, de tira-los dos braços dessa dançarina maldita que é a COVID-19.
O que se espera de um líder é que lidere, não que divida o que seria seu próprio exército pois, isso enfraquece e dificulta a reação. Que os nossos líderes tenham a decência e a consciência que precisam salvar vidas, que essa dança não é uma guerra de cada um deles mas, de todos nós.
Em respeito a todos que já se foram, precisamos ser fortes e mais inteligentes do que o vírus, os governos precisam ser rápidos e eficazes, temos que dançar a música escolhida por nós, em nosso ritmo, lembrar que o novo normal, para nós significa morte e dor, todos que perdemos, tudo que perdemos e então, encontrar forças para arrancar do nosso meio o vírus que se alimenta dos nossos erros e descuidos.
Vamos vencer.

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